sexta-feira, 13 de julho de 2012

GBA - Golden Sun: The Lost Age


Golden Sun: The Lost Age, lançado no Japão como Ōgon no Taiyō Ushinawareshi Toki, é o segundo jogo da série Golden Sun. É um videogame do gênero RPG para Game Boy Advance. É uma seqüela de Golden Sun, mas mais que uma segunda parte é uma continuação deste. Apresenta os mesmos gráficos e sistema de jogo que o anterior, salvo pequenos elementos novos do sistema de luta, além de novas psienergias e objetos, assim como a forma de obtê-los.
O jogo foi desenvolvido por Camelot Software Planning e lançado ao mercado em 2002 no Japão e em 2003 na América e na Europa.





Depois de escapar do incidente do Farol de Venus, Félix e sua irmã Jenna, junto com Kraden e Sheba, são afastados de continente quando um grande terremoto separa a península em onde estavam do resto da massa de terra. Depois de algum tempo, impulsionados por um grande Tsunami, chegam em uma terra desconhecida. Aqui se desenvolvem uma série de eventos guiados para a busca de um meio de transporte para encontrar a mística cidade de Lemuria. Em comparação ao primeiro jogo da série, o mapa do jogo se expande incrivelmente, e fora de um só continente, o jogador pode explorar todo o fantástico mundo de Weyard.


Personagens


Felix
No primeiro jogo, ele é dado como morto após o incidente com uma rocha que provavelmente o teria esmagado junto com seus pais e o pai de Isaac. Três anos depois ele reaparece vivo no Santuário do Sol, onde revela que teria sobrevivido graças aos adeptos do Clã de Marte, Saturos e Menardi e que com eles, teria se tornado um adepto da Terra. Em Golden Sun: The Lost Age, ele apresenta as mesmas psynergys que Isaac inicialmente tem ou ao decorrer do jogo obtem.


Jenna
No primeiro jogo, ela presencia a terrível morte de seus pais e de seu irmão Felix, e logo após o reencontro com ele no Santuário do Sol, é raptada junto com Kraiden por Saturos e Menardi, ao acordo de que Isaac e Garet dessem as pedras elementais. Em Golden Sun: The Lost Age, ela é jogável como uma adepta do fogo (o que se percebe inicialmente no primeiro game, quando ela é parcialmente jogável, porém no segundo game, apresenta uma nova psynergy inicial, Fume). No decorrer do jogo, como a adepta Mia no primeiro, aprende psynergys de curas.


Sheba
No primeiro jogo (onde ela aparece na metade do Jogo em Tolbi), ela aceita ir com Felix atrás de Saturos e Menardi e é dada como raptada, fazendo vários guardas irem em busca dela. Isso pois os dois adeptos do fogo acreditavam que ela seria necessária mais tarde para acender o farol de Júpiter. Em Golden Sun: The Lost Age ela é jogável como uma adepta do vento, mas ao contrario dos outros personagens e como Ivan no primeiro jogo, ela pertence ao clã de Júpiter. Ela é uma laliveriana órfã e foi criada por Lord Babi.


Piers
Ao contrário dos outros pesonagens, Piers não faz aparições no primeiro jogo. Apesar de sua aparência juvenil, ele é muito mais velho que Kraden. Isso por que ele é um Lemuriano, e em Lemurian o tempo passa mais devagar. Ele deixa sua cidade natal por conta do forte Tsunami que o afastou da região e quando chega em Madra é acusado de ser um Champa e é preso. No entanto, ao decorrer do jogo, Felix e seus companheiros conseguem provar sua inocência, fazendo com que ele entre no grupo para irem atrás da Black Orb que faz o barco de Piers funcionar. Como já previsto, ele é um adepto da água e como Mia no primeiro, ele já vem com Djinns.



As expectativas que na altura recaíram sobre esta continuação não podiam ter sido mais elevadas, não só pela qualidade legada pelo primeiro jogo, mas porque daria uma conclusão da história. E de facto, a Camelot conseguiu segurar as excelentes críticas. 
O menu inicial é muito parecido ao do original, mostrando de entre as opções o modo Battle para combates, ou contra outros jogadores, ou em modo survival. Há também uma pequena surpresa: quando se inicia um novo jogo, é dada a opção de importar os dados do jogo anterior. Dependendo do progresso no jogo original, temos acesso a vários eventos, itens e masmorras só acessíveis desta forma. Também haverá várias surpresas numa fase avançada do jogo, caso façamos esta transferência.

Ainda antes da aventura começar temos um sumário dos acontecimentos passados, o que é excelente para quem se inicia em Golden Sun. Dos factos à acção é um passo, e no início jogamos ainda uma parte dos eventos finais do primeiro jogo mas, por estranho que pareça, a controlar os antagonistas, com o nosso grupo composto por Felix e três reféns, Jenna, Sheba e Kraden. Num novo continente inserido no mundo de Weyward, este grupo parte em busca de todas as Lighthouses (faróis) com o objectivo de acendê-las, algo que os protagonistas do jogo anterior procuraram impedir a todo o custo. E apesar de Jenna, Sheba e Kraden serem reféns, acabam por aderir à causa dos seus raptores por diversas razões. Como controlamos os antagonistas, temos acesso ao seu lado da história e descobrimos que nem tudo é como aparentava ser, proporcionando inúmeras reviravoltas na história e situações inesperadas. Esta mudança de perspectiva torna a narrativa muito mais rica e interessante. E apesar da mudança de protagonistas, os novos têm tanto carisma e até uma personalidade mais vincada que a dos originais.


Como seria esperar, a sequela presenteia-nos com mais conteúdo, mas a diferença é abismal. Enquanto que em Golden Sun tínhamos dois continentes para explorar, The Lost Age oferece o mundo inteiro com vários continentes e inúmeras ilhas para desbravar. Quem acabar ambos notará uma diferença de aproximadamente dez níveis em relação à altura em que se chega ao último boss de cada jogo. Isto para não dizer que em The Lost Age existe muito mais recheio além da história principal. Se Golden Sun já era uma aventura enorme, quem completar a sequela a 100% facilmente dobrará as horas de jogo.

Deixemos as diferenças de lado agora e falemos das parecenças da sequela com o original. A forma como viajamos é a mesma, através de um grande mapa-mundi onde vemos as várias cidades e somos frequentemente atacados por monstros, num clássico sistema de batalhas aleatórias. Quando estamos nas cidades ou masmorras temos acesso às psyenergies, as várias magias dos nossos personagens, algumas das quais para interagir com o ambiente em redor, permitindo-nos resolver enigmas ou encontrar áreas secretas. A qualidade dos puzzles mantém-se extremamente elevada e, graças às novas psyenergies temos novos tipos de enigmas, tornando toda a experiência mais fresca.

As batalhas continuam iguais, ou seja, aleatórias e por turnos. Numa ronda cada personagem pode atacar, usar psyenergies, defender, enfim, o habitual rol de opções: Mas tudo isto seria banal não fosse o sistema de Djinns, um dos pontos fortes do jogo anterior que se mantém em destaque. São os Djinns que tomam conta do desenrolar dos combates. Estes pequenos bichos podem ser equipados nas nossas personagens, aumentando-lhes os atributos. Além disso, uma combinação correcta entre eles provoca uma mudança na classe da personagem, dando acesso a novas psyenergies. Como existem imensos Djinns, de quatro elementos diferentes, as combinações e classes distintas são inúmeras, criando uma personalização extremamente versátil e flexível das personagens. E a influência dos Djinns não se fica por aqui. Durante o combate podem ser usados pelos seus poderes únicos. Assim, temos acesso aos ataques mais fortes do jogo, summons, que variam consoante o tipo e o número de Djinns usados em combate. Por exemplo, quanto mais Djinns usarmos, mais fortes serão os summons. No entanto, isto tem uma contrapartida.  Ao usarmos os Djinns e subsequentes Summons, perdemos os benefícios que eles nos davam em termos de classes e atributos, pelo que devemos esperar alguns turnos até os recuperarmos em pleno. Isto aplica uma condição de estratégia saudável aos combates, no sentido de abordá-los de diferentes formas, dependendo do que for necessário para derrotar os adversários.

Outro elemento intocado é o grafismo, mas há um bom motivo para assim ser: o motor de jogo é o mesmo. Quando Golden Sun chegou ao mercado, foi considerado um dos melhores do GBA neste campo, por isso contem com boa qualidade de texturas, efeitos e modelos. Todavia, não podemos deixar de exprimir uma ligeira desilusão pelo facto da sequela não mostrar avanços neste campo. Ainda assim, são gráficos considerados de topo na 32-bits portátil.
Já a música segura uma qualidade soberba. A Camelot continua a mostrar que é a melhor a usar as capacidades sonoras do GameBoy Advance, aliando as fantásticas composições de Motoi Sakuraba (séries Star Ocean, Baten Kaitos, Tales of) numa grande experiência sonora.

Golden Sun: The Lost Age é um caso de excelência no universo dos cartuchos. Poderíamos esperar que a sequela de um dos jogos mais impressionantes no GBA puxasse um pouco mais pela portátil. Mas em vez de tentar melhorar a sua jogabilidade e a parte técnica, ultrapassa-o largamente em conteúdo e história. Componentes muito mais valiosas neste tipo de jogos e que fazem de Golden Sun: The Lost Age um jogo superior ao primeiro da saga. Absolutamente recomendado aos fãs do género.

Fontes: 

12MB



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