quarta-feira, 22 de agosto de 2012

NES - Final Fantasy


Final Fantasy é um jogo RPG desenvolvido e lançado pela Square (atual Square Enix) em 1987, e lançado na América do Norte pela Nintendo em 1990. Foi o primeiro jogo da série Final Fantasy. Originalmente lançado para a Nintendo Entertainment System, recebeu conversões para diversas plataformas, algumas vezes junto com o sucessor Final Fantasy II.



História (contém spoilers)
O primeiro jogo da série apesar de ter uma história simples para nós hoje, na época foi uma evolução nos enredos de games, em uma época onde Mario Bros. era o sucesso do momento. O jogo tem como foco principal o surgimento dos quatro Light Warriors (Guerreiros da Luz) com o objetivo de restaurar os quatro cristais que garantem a estabilidade do planeta, como fora profetizado por Lukahn: "Quando escuridão velar o mundo, quatro Guerreiros da Luz devem vir. Se eles não conseguirem reunir os pedaços da luz, a escuridão irá consumir tudo. Os quatro Cristais nunca irão brilhar de novo...".

Garland
Os quatro protagonistas não possuem nenhuma personalidade podendo dar nomes livremente a eles. Chegando no reino de Cornelia, o rei pede para que salvem sua filha - a princesa Sarah - das mãos de Garland. No local do sequestro derrotam o espadachim traidor, que é salvo e enviado há 2000 anos atrás pelos quatro demônios que o corromperam. Ao chegar no passado, Garland manda os demônios ao futuro para causar o caos, criando um loop no tempo sem fim, garantindo a existência de Garland e as quatro bestas eternamente.

Tiamat é enviado há 400 anos antes do tempo atual da história, e quase extingue a civilização de Lufenia, se apoderando do Flying Fortress e do cristal do vento. Kraken chega 200 anos depois e afunda o templo de Onrac, possuindo o cristal da água. Lich e Kary (Marilith nos remakes) chegam anos mais tarde. Lich controla o cristal da terra, enquanto Kary toma o cristal do fogo para si. Assim o mundo entra em caos, os ventos morrem, os mares ficam enfurecidos, o solo apodrece, entre muitas outras catástrofes.
Mas derrotar estes inimigos apenas revelava uma ameaça maior. Eles coletivamente criaram o demônio Chaos que possui o corpo de Garland, o primeiro chefe do jogo, que é enviado para o passado.
Depois de sua equipe voltar no tempo para enfentrá-lo, você fica sabendo que foi Chaos que mandou os quatro demônios para o futuro criando um cataclísmico e confuso paradoxo.
Quando Chaos é derrotado o mundo se endireita e os heróis voltam para casa.



Personagens

Guerreiros da Luz (Light Warriors)

O jogador no início do jogo deve escolher uma classe de personagem entre 6 e um nome para os 4 personagens que ele vai usar. Eles serão os guerreiros da luz, os heróis do jogo. A identidade e a história deles é misteriosa e o jogo nem toca no assunto, todos aparecem do nada no início e desaparecem do nada no final.

Fighter (nos remakes, Warrior): Especialista em armas pesadas e armaduras, com grandes quantidades de hit points. Quando troca de classe, vira um Knight, que usa as espadas mais fortes e é capaz de usar magia branca básica.

Black Belt (Monk): Especialista em artes marciais, mais forte lutando desarmado ou com nunchaku. Pode evoluir para Master, que no jogo original do NES são capazes de emitir mais dano que todas as outras classes.

Thief: Uma versão menos forte do Fighter com menos opções de armas e equipamento, mas mais ágil e com mais sorte (capacidade de evasão). Pode evoluir para Ninja, que usa praticamente todos as armas e armaduras do jogo e é capaz de magia negra básica.

White Mage: Especialista em magia branca, não muito forte mas pode usar marretas. Evolui para White Wizard, capaz das magias curativas mais fortes.

Black Mage: Especialista em magia negra, mau combatente. Evolui para Black Wizard, capaz das magias ofensivas mais fortes.

Red Mage: Versátil, pode soltar feitiços de ambas as magias e tem habilidade em combate. Evolui para Red Wizard.


Desenvolvimento

Seguindo os moldes de Dragon Quest, Hironobu Sakaguchi deu sua súltima cartada para tirar a Square da lama, que até então só produzia jogos com fracassos de venda. A equipe era composta, além dele, por Yoshitaka Amano que se encarregou de criar o design dos personagens e monstros, Nobuo Uematsu compondo as músicas, Akitoshi Kawazu como co-designer, Nasir Gebeli como programador e Kenji Terada na produção dos cenários.
Hironobu Sakaguchi
O jogo tornou-se a segunda franquia de RPG mais aclamada pelos japoneses, ficando atrás somente de sua própria inspiração: Dragon Quest da Enix. Com o sucesso de Dragon Quest em território norte-americano, lá lançado como Dragon Warrior, a Square decidiu seguir o embalo com o apoio de marketing da Nintendo. E assim foi feito, em 1990 a série estreia oficialmente no ocidente.
Final Fantasy foi o jogo mais refeito da série, ganhando remakes e ports que aumentaram significativamente seus gráficos e adição de extras para os fãs mais ferverosos. O primeirto port saiu para o MSX2 em 1989, sem muitas mudanças além de cores diferentes e mudanças nas batalhas aleatórias. Mas esta versão possui algumas limitações por ter sido lançado em disquete, havendo problemas com carregamento e saves.

Mais de uma década após seu lançamento, o jogo ganha um remake para Wonderswan Color, com direito a gráficos mais bem trabalhados, revisão do script, cenas novas, músicas novas e até um logo seguindo o padrão que surgiu a partir de Final Fantasy IV. Este remake serviu de base para uma compilação lançada em 2003 para Playstation, junto com seu sucessor Final Fantasy II, chamada Final Fantasy Origins. Os gráficos continuaram trabalhados, mas agora em maior resolução. As músicas tiveram uma qualidade muito superior usando a tecnologia de audio da Sony. Cenas em computação gráfica e uma seção de bestiário com informações e artes de cada monstro foram as adições mais significativas desta versão.

No ano seguinte, outra compilação com os dois primeiros games da série foi lançado para Game Boy Advance, chamado aqui no ocidente de Final Fantasy I & II Dawn of Souls. Apesar de esta versão não contar com as CGs avançadas da versão de Playstation, um longo extra foi adicionado chamado Soul of Chaos. Neste extra você poderia explorar quatro dungeons novas, cada uma homenageando um jogo diferente da série (Final Fantasy III, IV, V e VI). E a homenagem se dava no confronto com os chefes mais conhecidos de cada jogo como Gilgamesh de Final Fantasy V e Ultros de Final Fantasy VI.
Completando 20 anos da série, a Square-Enix decide então refazer mais uma vez o jogo de origem, dessa vez para o PSP. Final Fantasy 20th Anniversary Edition foi lançado em 2008 com gráficos em alta resolução e muito superiores a todas as outras versões lançadas até então, e um novo logo foi criado. Além do jogo contar com todos os extras das versões de Playstation One e Game Boy Advance, mais uma dungeon nova foi adicionada - The Labyrinth of Time - com uma dificuldade ainda maior e um novo super chefe de codinome Chronodia.
Final Fantasy 20th Anniversary Edition

Sua ultima versão deu as caras nos aplicativos da Apple, bem parecida com a versão de PSP mas com algumas funções próprias para os aparelhos como jogabilidade à toque na tela e um Quick Save para você salvar o jogo em qualquer ponto que esteja ao receber uma ligação ou verificar a home, retornando no ponto salvo assim que voltar para o jogo.



Jogabilidade

Há quatro modos básicos de jogabilidade: mapa do mundo, mapa da cidade/calabouço, tela de combate e menu principal. No mapa do mundo, o jogador desloca os personagens de um local parar outro - primariamente a pé, mas pode se arrumar um navio, uma canoa e um dirigível. Excluindo chefes, em calabouços e no mapa andando a pé se encontram aleatoriamente monstros, que podem ser combatidos ou se fugir deles.
Para ver o mundo os jogadores andavam por um mapa externo de três continentes, parando para explorar uma dungeon, castelo, caverna ou descansar em pousadas e comprar em lojas. Sua expedição pelo mundo ficava mais fácil assim que seu grupo tivesse o controle do barco, canoa e finalmente da aeronave. Esta lhe dava acesso total ao mapa sem encontros aleatórios, desde que houvesse terreno adequado para pousá-la, já o barco e canoa eram abertos a ataques surpresas mas você podia começar um minigame de ordenar 15 blocos, segurando o botão A e apertando B várias vezes em mar aberto, a recompensa era um pouco de dinheiro.

Combate
O sistema de combate é baseado em menus, com o jogador escolhendo uma opção entre atacar, usar magia quando possível, usar um item ou fugir. O combate é em turnos, e continua até um dos lados ser derrotado. Ao contrário de Ultima e Dragon Quest, que usavam batalhas em primeira pessoa e um contra um, Final Fantasy põe monstros do lado esquerdo e personagens jogáveis do direito, e até nove inimigos na tela. Cada usuário de magia tinha "níveis", podendo comprar magias só quando atingisse um certo nível. Ao lutar os personagens ganhavam pontos de experiência e dinheiro podendo subir ao nível inicial máximo de 50. Alguns inimigos soltavam um tesouro quando derrotados.

Customização
Ao começar uma partida, o jogador escolhe entre seis classes para seus quatro personagens, cada uma com atributos e habilidades diferentes. Após uma viagem ao Castelo das Provações e uma visita ao rei dos dragões Bahamut, os jogadores podiam graduar seus personagens a classes superiores. Esta mudança de classe foi a primeira do gênero e permitia o uso de magias e itens especiais.
Havia 8 níveis de magia branca e negra para aprender com quatro magias disponíveis em cada, os magos só aprendiam três magias por nível, obrigando você escolher bem qual queria (visto que as magias são compradas em lojas). Não existia Mana ou MP, as magias eram usadas por unidades, também não havia etheres ou elixires e apenas o item House ou nas pousadas que se podia recarregar as magias gastas.
Há diversos tipos de armas, armaduras e itens para melhorar a habilidade combativa dos personagens, cada um com suas restrições. Itens comprados para recuperação dos personagens incluem poções para restaurar saúde e curar doenças, Tents/Cabins que restauram saúde e Houses que restauram magia.

Dificuldades
FF não era um jogo fácil, você só podia salvar em pousadas ou com item house, e fazer isso não removia status como envenenado. Os aliados mortos só podiam ser revividos com a magia Life do White Mage, ou visitando uma igreja que na versão americana se tornaram clínicas.
Os inimigos não deixavam itens e algumas das últimas magias do jogo eram absurdamente caras. Havia também os ataques ineficazes: se alguém do seu grupo matasse o inimigo antes do restante atacá-lo, ataques e magias eram desperdiçados. Os monstros mudavam de uma luta simples para uma batalha praticamente impossível, de uma hora para outra. A Square iria diminuir a dificuldade a cada sequência tentando balancear a dificuldade a cada avanço do jogo.

Repercussão

Apesar disso, FF se tornou um dos RPGs mais populares dos anos 80 e um dos títulos mais famosos do Famicom e do Nintendo Entertainment System (NES). A versão do NES vendeu 400 mil cópias, e com todos os remakes chegou a 1.99 milhões de cópias mundialmente. Também foi incluído em listas de melhores jogos feitas por leitores da revista Famitsu (63o em 100), usuários do GameFAQs (76o em 100),e editores da revista Nintendo Power (49o em 200).

Fontes:

Truques & Dicas
Ver o mapa do jogo:
Basta pressionar o botão B e SELECT ao mesmo tempo.
Fonte: Jogorama

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